
Este Blogue pretende dar a conhecer uma fabulosa herança, legada a cada geração, em cada país e em todo o mundo, de tesouros de memórias e culturas, de imaginação criativa e saberes técnicos e científicos humanos, de tesouros encontrados no ar e a pairar nele, na terra (nela e por cima e por baixo dela), nas águas de rios, mares e oceanos... e que a todos cumpre proteger e preservar. Só conhecendo se vem a amar, respeitar e a saber proteger.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Os Museus da RPM e a Web
Depois de anos de imobilidade, finalmente os museus portugueses constantes na Rede Portuguesa de Museus vão, a pouco e pouco, apresentando páginas próprias na internet, na maioria apresentando um design elegante, muita informação e interactividade crescentes, que convidam à visita e ao aplauso.
Museu Nacional de Arqueologia:
Museu Nacional de Machado de Castro:Museu Nacional do Teatro:
Museu Nacional do Azulejo:
Museu Carlos Machado:
Museu de Angra do Heroísmo:
Museus tutelados pela DRAC da Madeira
Vários Museus de grande importância continuam a aguardar página própria - a Casa-Museu Frederico de Freitas, o Museu de Arte Contemporânea - Fortaleza de São Tiago, o Museu Etnográfico da Madeira, o Photographia-Museu Vicentes...
Museu Quinta das Cruzes:
Casa Colombo - Museu de Porto Santo
Museus tutelados pela Administração Central
No entanto, a mais bem concebida e mais completa é sem dúvida a do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior:
Museus tutelados pela Administração Local
Eco-Museu do Seixal:
Museus tutelados por Empresas Públicas
Museu do Carro Eléctrico (SCTP - Sociedade Colectiva de Transportes do Porto, S.A.):
Museus tutelados por Fundações
A Fundação da Casa de Bragança tem a seu cargo a Biblioteca-Museu da Casa de Bragança, situada no lindíssimo Palácio Ducal de Vila Viçosa - e possui página própria, no entanto, esta precisa de uma actualização urgente do seu webdesign, como se poderá comprovar.
Fundação de Serralves (Porto):
Fundação Portuguesa das Comunicações:
Museu da Fundação Cupertino de Miranda:
Museus tutelados por Associações
Museu Arqueológico do Carmo (Associação dos Arqueólogos Portugueses):
Casa-Museu Abel Salazar (Associação Divulgadora Casa-Museu Abel Salazar/Universidade do Porto):
Museu Diocesano de Arte Sacra do Funchal:
Museus tutelados pela Santa Casa da Misericórdia
Dos dois museus da RPM tutelados pelas Misericórdias, apenas um tem presença online:
Museu de São Roque:
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Os Museus e o Natal

sábado, 21 de novembro de 2009
Obras de Referência dos Museus da Madeira. 500 Anos de História de um Arquipélago

Obras de Referência dos Museus da Madeira foi o título de uma exposição que se integrava no projecto MUSEUMAC-Rede de Museus Madeira-Açores-Canárias, programa de iniciativa comunitária INTERREG III B, inserido no eixo 4 da Valorização e Gestão Sustentada dos Recursos Naturais e Culturais. A medida de actuação incidia no tema da Conservação, Valorização e Gestão Sustentável do Património Cultural que decorreu entre 2006 e 2008.
A actividade principal por nós desenvolvida, foi a exposição Obras de Referência dos Museus da Madeira, inaugurada em Abril de 2008, no Museu de Arte Sacra do Funchal, que reunia peças de Museus ou organismos para-museológicos, da Região Autónoma da Madeira como Museu de Arte Sacra do Funchal, Museu Quinta das Cruzes, Casa-Museu Frederico de Freitas, Museu Henrique e Francisco Franco, Museu A Cidade do Açúcar, Núcleo Museológico do IVBAM, Museu de Arte Contemporânea-Fortaleza de São Tiago, Museu Photographia “Vicentes”, Casa Colombo-Museu do Porto Santo e Núcleo Histórico de Santo Amaro-Torre do Capitão.
Assim, um programa científico que organizou os quase 600 anos de História, sob os seus núcleos fundamentais de desenvolvimento económico, social e cultural, concretizou em termos museológicos uma planificação, que devidamente enquadrada pelos suportes e técnicas da museografia, resultaram numa exposição, que através de obras de arte, se testemunha os contactos estabelecidos com alguns dos mais importantes centros de produção artística portuguesa e europeia.
O século de ouro da nossa economia açucareira durou, verdadeiramente pouco e logo na segunda metade do século XVI, começou a sentir-se a crise produtiva e a concorrência do açúcar de outros portos atlânticos. Desde finais do século XVI e por boa parte do século XVII, a crise dinástica e a acelerada queda de Portugal, pelas investidas europeias nos nossos mares, é também um tempo de mudança económica, onde progressivamente se sentirá a substituição do Açúcar pelo Vinho, como referente fundamental para o desenvolvimento da vida insular.
Em exposição obras de Andrew Picken, como Burriqueiro Boy e Quinta do Monte ou Cabo Girão de John Eckersberg, onde os referentes do Romantismo europeu, se encontram bem consolidados, pelo apelo da paisagem e das gentes.
A participação de madeirenses no início do modernismo na arte portuguesa é dada pelos irmãos Franco. Francisco Franco, mais conhecido como escultor oficial do Estado Novo, tem um percurso insuspeito e muito pouco conhecido, de artista experimental, enquadrável nas referências mais inovadoras do desenho e escultura portuguesa do princípio do século XX. Henrique Franco, retirado mais cedo, é também um ilustre desconhecido, que esta exposição apresenta como participante activo da experimentação modernista.
http://www.museumac.com/index_flash.php
http://www.culturede.com/pt/museus/lista.aspx
domingo, 25 de outubro de 2009
"Se Maomé não vai à Montanha... a Montanha vai a Maomé"


Actualmente, assistimos ao nascimento de outro projecto de itinerância cultural, original entre os museus portugueses: o Museu Nacional Carlos Machado criou um serviço móvel para levar o museu às escolas, visto que a distância e interioridade das ilhas dos Açores dificulta a ida das crianças ao museu. Assim nasceu o Museu Móvel do Museu Nacional Carlos Machado, carrinha que se desloca às escolas para aí montar exposições temporárias (de apenas um dia) e actividades, relacionadas com o museu e com o património cultural e natural de cada localidade visitada, organizando-se as oito pessoas que constituem a equipa, para a montagem da exposição, organização das visitas e actividades com grupos de alunos e posterior desmontagem da exposição. Para o sucesso desta iniciativa, contam ainda com Representantes do Museu em cada escola.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
O zapping do rato
domingo, 19 de julho de 2009
68 Peças de museus municipais vão ser emprestadas ao Grupo Pestana
De acordo com a notícia publicada a 17 de Julho do Jornal de Notícias, a Câmara do Porto pretende emprestar por um ano, 68 peças de mobiliário e objectos decorativos, pertencentes ao espólio de museus municipais, em depósito, ao Grupo Pestana, para servirem os projectos de decoração de interiores dos espaços comuns e do restaurante da Pousada do Freixo.
William A. Bostick disse certa vez que "o grau de segurança de um museu corresponde, na realidade, ao ponto a que os directores de museus se preocupam com esse problema" [1].
Em Portugal, é notória a dedicação, interesse e esforço dos directores de museus, qualquer que seja a sua tutela, pela segurança e conservação preventiva das colecções a seu cargo. Isto implica lidar com todos os problemas inerentes a essa conservação, levantados pelos edifícios e espaços, condições físicas, técnicas e humanas específicas de cada museu, com orçamentos para a gestão museológica mínimos e, em muitos casos, insuficientes, dependendo-se em muito do sentido de responsabilidade e voluntariado de todo o pessoal do museu, para assegurar a sua salvaguarda.
Assiste-se agora ao absurdo de se recuar no tempo e voltar a ver os museus - hoje os museus municipais do Porto (amanhã quem se segue?) - por imperativos da sua tutela, a cederem, a título de empréstimo, peças antigas insubstituíveis para decorarem espaços particulares e públicos. Estaremos nós de volta ao século XIX, para assistir a uma redistribuição arbitrária de valiosos bens culturais, expropriados e arrolados no património português, por espaços públicos e privados, ou talvez mais precisamente ao século XX, durante a ditadura salazarista, quando os Museus Nacionais eram obrigados a fornecerem mobiliário, peças decorativas e utilitárias, não só para decoração dos gabinetes dos Ministérios do Estado e Embaixadas, mas para tudo prover para os banquetes de Estado e visitas oficiais de entidades estrangeiras?
Embora os termos do contrato entre a Câmara Municipal do Porto e o Grupo Pestana não sejam conhecidos, o problema subsiste: estamos a falar de expor e em que condições de exposição e conservação, em espaços de acesso fácil, 68 peças de mobiliário, faiança, espelhos - são 68 peças insubstituíveis dos museus municipais do Porto, o que representa um verdadeiro pesadelo em termos de segurança e de conservação, num espaço que se estende ao longo de 88 quartos, áreas comuns e restaurante (a Pousada é constituída por dois edifícios: o Palácio do Freixo e o alojamento a situar-se no edifício da antiga fábrica de Moagem Harmonia, desalojando-se daí o Museu da Ciência e Indústria).
Será possível que o Grupo Pestana nunca tenha ouvido falar nas excelentes reproduções de colecções dos museus portugueses? Não faria maior sentido colocar nas tais "áreas comuns e no restaurante da Pousada", essas e outras reproduções? Que condições podem estes espaços oferecer para garantir uma conservação ambiental e segurança adequadas a peças antigas, que exigem modos diversos de exposição, temperatura, humidade, luminosidade, etc.? O Grupo Pestana comprometeu-se em assegurar os trabalhos de restauro e conservação destas peças e com certeza que vão precisar, indo o pessoal de limpeza da Pousada receber formação em manutenção e conservação, de técnicos da Câmara. Resta saber como serão feitos esses trabalhos de restauro e conservação, visto que a formação técnica de um técnico em conservação não se faz num ano e cada peça é uma peça...
É caso para se dizer que, actualmente em Portugal, o grau de segurança das colecções de um museu municipal corresponde, na realidade, ao ponto a que os vereadores da Cultura em cada Câmara Municipal se preocupam com esse problema...
Esta é uma resposta (alargada) ao debate lançado pela Professora Doutora Alice Semedo, no seu excelente site da rede social para estudantes, profissionais e especialistas em museus, museologia.porto, que se encontra ainda em aberto.
O link para a notícia do JN "68 peças vão para a Pousada" encontra-se em "Notícias", na coluna direita deste blogue.
Nota: [1] Bostick, William, Guide pour la Sécurité des Biens Culturels, UNESCO, Paris, 1978.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Dia Internacional dos Museus: "Museus e Turismo"
domingo, 17 de maio de 2009
Formação Ambiental em Campo de Trabalho Internacional

"Numa região profundamente marcada ao longo dos séculos pela acção humana, onde a paisagem natural se funde com a humanizada, a Associação Transumância e Natureza (ATN) convida-o a participar num Campo de Trabalho Internacional (CTI), realizado com o apoio do Instituto Português da Juventude (IPJ) e em parceria com a APDARC (Associação para a Promoção da Arte e Cultura do Vale do Côa e Douro Superior). Este campo pretende apoiar a inventariação de estruturas e construções rurais, assim como de histórias e saberes locais, na Reserva da Faia Brava, propriedade da ATN na ZPE do Vale do Côa. Os participantes deste CTI recebem formação teórica e prática em metodologias de inventário de arquitectura rural e de inquéritos e apoiam a ATN nos trabalhos de campo de inventário e reconstrução, que serão realizados em conjunto com especialistas convidados. Todos os dados e conhecimento recolhidos serão compilados num relatório final, que servirá de apoio à elaboração de actividades ecoturísticas, marcação de percursos pedestres, equestres e de bicicleta, a ser implementado na Reserva da Faia Brava.
Datas: 18 a 30 Agosto 2009
Local: Reserva da Faia Brava, Algodres e Cidadelhe."