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domingo, 9 de maio de 2010

E continua o derrame de petróleo para o oceano...

No Golfo do México o petróleo continua derramar-se no oceano. Este dispositivo disponibilizado pela PBS indica-nos a velocidade a que o derrame de petróleo continua a ocorrer, segundo a avaliação da NOAA (National Oceanic and Atmosphere Administration) - cerca de duzentos e dez mil barris por dia.



Acontece que esta estimativa, num cenário de desastre de dimensões ainda incalculáveis, surge como demasiado optimista na opinião de outros especialistas, que consideram que o derrame ocorre antes à velocidade de um milhão e cinquenta mil barris por dia. Já a própria BP, responsável pelo desastre, assume que, pelo contrário, estará a ocorrer um derrame de dois milhões, quinhentos e vinte mil barris de petróleo por dia...

Equipas da BP têm acorrido ao local a tentar conter o derrame através de várias medidas. Até agora, a equipa de engenheiros de Houston (Texas, EUA), apenas conseguiu fechar uma pequena fuga, através de robots de mergulho telecomandados. Ainda segundo a PBS, muitos milhares de barris de químicos têm sido lançados por aviões ao mar, para escumar e dispersar a mancha de crude à superfície, ou para a sua queima controlada. Uma medida inédita adoptada pela BP foi o transporte para o local de uma caixa-contentor de cerca de cem toneladas, de quatro andares de altura, em cimento e aço, que está a ser colocada sobre as fugas, a mil, quinhentos e vinte e quatro metros de profundidade, e que supostamente até segunda-feira canalizará oitenta e cinco porcento do petróleo para a superfície, controlando-se assim, ainda que temporariamente, este derrame intensivo. De qualquer modo, no Golfo do México o cenário vai permanecer dantesco.

Ao longo das costas do sul dos Estados Unidos encontram-se trinta mil voluntários de prevenção para conter danos caso o petróleo atinja as costas. De lembrar que é nesta zona do litoral norte-americano que se situa quase metade dos seus pântanos (áreas protegidas de delicada biodiversidade, fundamentais para aves migratórias e de difícil acesso e protecção contra estas marés negras) e onde se situam muitos portos de pesca.

Muitos esforços estão a ser feitos para remediar o mal, mas muitas dezenas de anos serão precisos para recuperar os danos causados (ainda a contabilizar) a este ecossistema.

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